Navio salvação "Patrão Lopes"

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Navio salvação "Patrão Lopes"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BCM-AH/0245

Tipo de título

Atribuído

Título

Navio salvação "Patrão Lopes"

Título paralelo

Ex. Vapor Alemão "Newa"

Datas de produção

1914  a  1959 

Dimensão e suporte

12 liv., 1 env.; 25 cap. (586 f.); 117 doc. fotográficos (positivo, p/b, diversos formatos), 1 croqui (18x27 cm); 4 esboços (diversos formatos); 2 esquissos (11,6 cm x 17,7 cm); papel.

Entidade detentora

Biblioteca Central da Marinha - Arquivo Histórico

Produtor

Navio de salvação "Patrão Lopes"

História administrativa/biográfica/familiar

Em 1880, foi construído pela A.G.Neptun, em Rostock, na Alemanha, o navio “Newa” e lançado à água no mesmo ano. Deslocava 1100 toneladas, tinha 49 metros de comprimento, um calado máximo de 4.05 metros e uma velocidade máxima de 10 nós. Em 24 de Fevereiro de 1916, o navio “Newva” encontrava-se surto no rio Tejo, em Lisboa, quando foi requisitado ao abrigo do Decreto n.º 2236 de 24 de fevereiro de 1916, passando a integrar a recém-criada frota dos Transportes Marítimos do Estado. Esta, entre outras apreensões feitas a navios germânicos, determinou a entrada de Portugal na 1ª Guerra Mundial, em 09 de Março de 1916. A estes navios foram-lhe atribuídos nomes portugueses, no caso do “Newva” foi-lhe atribuído o nome de “Patrão Lopes”, pela portaria de 616 de 15 de Março de 1916 e fixada uma lotação de 61 homens.Nas suas 10.497 horas de navegação, enfrentou correntes e intempéries, de noite e de dia, com uma equipa da Marinha experiente e corajosa, servindo de rebocador, de navio de salvação e assistência. Teve uma intensa atividade na costa continental portuguesa, tendo-se distinguido pelo apoio que deu às frequentes situações de dificuldade dos navios por avarias e encalhes, na fiscalização da pesca e no apoio a trabalhos hidrográficos e de balizagem. No entanto, destacam-se as missões que fez em águas internacionais, nomeadamente, a que fez em Novembro de 1917, quando se deslocou a Spezia, na Itália, para escoltar três submersíveis que foram encomendados aos estaleiros italianos da Fiat, em San Giorgio, com os nomes de "Foca", "Golfinho e "Hidra". Decorria, então, a Primeira Guerra Mundial estando o Mediterrâneo infestado de submersíveis inimigos, a juntar às condições climática de um Inverno rigoroso, a missão decorreu com grande sucesso. E, ainda, as 3 viagens que efectuou, após a guerra, a Veneza a fim de rebocar para Lisboa os seis torpedeiros ex-Austríacos "Ave" (ex-F86) e "Lis" (ex-F 87), "Mondego" (ex-F 91), "Sado" (ex-F 89), "Cávado" (ex-F 85) e "Zêzere" (ex-F 88). Na noite de 29-2-1936 encalhou nos baixos do Bugio, quando na entrada do porto de Lisboa rebocava um pequeno navio de nome "Franz", debaixo do mau tempo. A acção da vaga grossa e a forte corrente não permitiram que o navio se salvasse.Foi abatido ao efectivo dos navios da Armada em 1-3-1936.“O navio mostra-nos individualidade, vive connosco nas múltiplas manifestações das suas qualidades, e nós sentimos-lhe o seu valor, o seu poder, com emoção e carinho. Aos navios por que passamos, ficam-nos ligadas as recordações -alegrias, tristezas, bocados da nossa vida e até do nosso coração. Se êle morre, se desaparece, recordamo-lo com saudade. E se, comandando-o, temos desgraça de o perder, o golpe assume a culminância de qualquer coisa de irreparável como a da perda de alguém que nos pertença” (Anais do Club Militar Naval, Janeiro-Março, 1936).

História custodial e arquivística

O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, criou o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha. Transferido pela Capitania do Porto de Lisboa para o Arquivo Geral de Marinha e incorporada, em 2006, no Arquivo Histórico.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituído por documentação produzida pelo navio, no desempenho da sua atividade. Inclui relatórios do comandante, correspondência interna, Diários Naúticos, Mapas do estado da guarnição, Livros de registo clínico, Livros da visita médica diária, Diário da Máquina, entre outros.

Assinaturas

Autografas.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Sem restrições, exceto as decorrentes previstas na lei.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português e Alemão

Instrumentos de pesquisa

Índices

Notas de publicação