Diário da viagem de Lisboa a Tete (1589-1860).

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Diário da viagem de Lisboa a Tete (1589-1860).

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Série   Série

Código de referência

PT/BCM-AH/0094/002

Tipo de título

Formal

Título

Diário da viagem de Lisboa a Tete (1589-1860).

Datas de produção

1859-06  a  1861-08-06 

Dimensão e suporte

1 livro (199 f.); papel.

Produtor

Fragata "D. Fernando II e Glória".

Âmbito e conteúdo

Diário de viagem, dividido em três partes, elaborado pelo capitão Delfim José de Oliveira, na viagem de Lisboa a Tete.Por portaria de 18 de Junho de 1859, o capitão Delfim José de Oliveira foi nomeado comandante da colónia militar a ser estabelecida em Tete. Esta foi denominada “Colónia Militar de Tete, 1ª Companhia do 2º Batalhão de Caçadores”. Embora tenha recusado, por achar pouco honrosa a comissão, uma portaria do dia 22 de Junho, obrigou o capitão a tomar posse imediatamente.Na primeira parte, é referido o motivo da viagem (organizar e estabelecer uma colónia militar nas proximidades de Tete). São descritos os preparativos para a mesma, como por exemplo, conseguir colonos, onde e como recrutá-los.Para constituir a colónia, foi necessário procurar entre “soldados incorrigíveis, condenados a servir no Ultramar”, “condenados ao degredo de África”, e algumas mulheres e crianças que os acompanhavam.No dia 2 de Julho, a fragata, com um total de 616 pessoas a bordo, foi rebocada para fora da barra de Lisboa, de onde largou às 8 horas.São relatadas as intempéries e as consequências para o navio e para o estado de ânimo dos passageiros, bem como toda a espécie de constrangimentos resultantes da longa viagem, até à chegada a 14 de Outubro.Na segunda parte, já em Moçambique, o capitão refere José Vicente da Gama e a publicação da sua obra “Almanach de Moçambique para 1859”, do qual reproduziu alguns conteúdos que considerou relevantes, como a história de Moçambique, desde a chegada de Vasco da Gama em 1498, mas também as questões políticas e religiosas, a organização social e eclesiástica, o comércio e economia, a alimentação, costumes, e ainda, a escravatura e a maçonaria. Na terceira parte, é feito o relato da viagem de Moçambique a Tete, sendo a colónia militar transportada pela escuna de guerra “Angra”, parando em Quelimane. É abordada a situação dos Prazos da Coroa. Em 28 de Setembro a colónia foi transportada de Quelimane para Tete, numa flotilha composta por 11 lanchas e um escaler. O capitão descreve o que a colónia militar foi encontrando, como as povoações por onde foram passando, os habitantes e seus usos e costumes. Ao passarem por Inhacerere, no Prazo de Sena, havia ordem para que ninguém da colónia fosse a terra firme, por haver varíola. No dia 2 de Novembro, chegaram a Tete, onde a colónia se veio a instalar, sendo relatadas as vicissitudes que tiveram que enfrentaram para a sua fundação.Em 20 de Junho de 1861 o capitão Delfim José de Oliveira, foi nomeado governador interino do distrito de Sofala, pelo então Governador-Geral de Moçambique, João Tavares de Almeida.

Sistema de organização

Ordem cronológica.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Cota descritiva

Fundo 94/79 - 6-XLV-8-1

Cota antiga

4-VII-7-4/223

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.