Corveta "Infante D. João".
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/BCM-AH/0077
Tipo de título
Formal
Título
Corveta "Infante D. João".
Datas de produção
1863
a
1874
Dimensão e suporte
U.I. 6 livros e 1 envelope; folhas; papel.
Entidade detentora
BCM - Arquivo Histórico da Marinha.
Produtor
Corveta "Infante D. João".
História administrativa/biográfica/familiar
Foi construída no Arsenal da Marinha em Lisboa sob a direção do conde de Linhares e lançada à agua no dia 2-7-1863. Era semelhante à corveta "Duque de Palmela", deslocava 952 toneladas e media 50 metros. Em 3-1-1864 largou para Inglaterra a fim de meter máquina e, depois de concluído o trabalho, regressou a Lisboa e entrou no Tejo a 30-9-1864.Em 19-1-1865 largou para a Estação Naval de Angola, saindo juntamente com as corvetas "Bartolomeu Dias" e "Estefânia" que se dirigiam para o Rio de Janeiro e portos do rio da Prata, para apoiar as comunidades portuguesas. A corveta "Infante D. João" deixou a força naval em Montevideu e navegou para Luanda onde entrou em 19-6-1865. Até finais de 1866 cumpriu missões militares e logísticas na costa angolana, regressando mais tarde a Lisboa onde entrou em 7-1-1867.Em 9-4-1867 saiu para a Estação Naval de Moçambique, tendo chegado à ilha de de Moçambique, a sede do governo geral, no dia 10-10-1867. Vivia-se um período de grande dificuldade, em todo o território, sobretudo na Zambézia, onde ocorria a chamada guerra do Bonga e, no sul, onde houvera tentativas de assalto a Lourenço Marques. Com a deslocação de todas as forças disponíveis para essas regiões, a corveta "Infante D. João" assegurou a defesa da capital, tendo ainda navegado para Mayotte para embarcar o novo governador geral chegado a Lisboa. Em 15-9-1869 largou para a Estação Naval da Índia, tendo utilizado pela primeira vez o canal de Suez e no dia 4-1-1872 fundeou na Aguada e, no dia seguinte, em Pangim. O estado do navio era muito preocupante e em abril dirigiu-se a Bombaim para efetuar fabricos.De regresso a Goa desembarcou uma força em Pangim para proteção do palácio do governador. Em Novembro de 1873 navegou de novo para Bombaim para realizar novos fabricos que melhorassem as suas condições de segurança náutica.Em 4-2-1874 o navio iniciou o regresso a Lisboa, onde entrou a 19-4-1874.Em 23-4-1874 passou ao estado de desarmamento. No dia 16-5-1877 foi abatido por inútil e em 19-02-1878 foi vendido.
História custodial e arquivística
O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, criou o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Este fundo contém livros de visitas à enfermaria, receituário, diário náutico e história e caraterísticas do navio.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordem cronológica e por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Condições de reprodução
Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.
Instrumentos de pesquisa
Índices.