NAU "VASCO DA GAMA"; FRAGATA "D. FERNANDO II E GLÓRIA"

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NAU "VASCO DA GAMA"; FRAGATA "D. FERNANDO II E GLÓRIA"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /144

Tipo de título

Atribuído

Título

NAU "VASCO DA GAMA"; FRAGATA "D. FERNANDO II E GLÓRIA"

Datas de produção

1798  a  1870 

Dimensão e suporte

26 livros; papel.

Produtor

Nau "Vasco da Gama" e fragata "D. Fernando II e Glória".

História administrativa/biográfica/familiar

A nau "Vasco da Gama", de 80 peças, foi lançada à carreira do Arsenal da Marinha em 24 de Junho de 1824 e ao mar em 2 de Setembro de 1841. Foi construída por Manuel Clemente de Barros e Joaquim Jesuíno da Costa. A figura de proa era um elegante busto do seu patrono Vasco da Gama. No Museu da Marinha ainda se conserva o modelo da carranca do navio. As suas principais características eram: comprimento (quilha) - 61.48 m, boca - 14.70 m, pontal - 12.43 m, arqueação - 2261.72 metros cúbicos, tonelagem - 1829 toneladas; armamento - 74 peças; lotação em 1842 - 650 homens. Foi depósito de marinhagem de 22 de Dezembro de 1845 até 5 de Outubro de 1846. Achou-se no bloqueio de Setúbal em Abril de 1847. A nau passou novamente a depósito de marinhagem, servindo ao mesmo tempo no registo da barra de Lisboa em Junho de 1847. Em Março de 1847 largou para o Brasil em missão de cortesia e de protecção dos súbditos portugueses ali residentes. Em Outubro de 1858 largou para Luanda conduzindo a expedição militar para combater a revolta do indígena do Congo e o novo padrão para o Zaire. Em 29 de Julho de 1863, foi mandado estabelecer a bordo da nau "Vasco da Gama" uma escola de artilharia, a que se deu o nome de Escola Prática de Artilharia Naval. Em 1868 recebeu, sob prisão, os amotinados da expedição contra o Bonga.Tendo sido julgada por inútil para o serviço da Armada, foi mandada vender por despacho de 16 de Agosto de 1873.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: Livro de Registo de Correspondência Recebida do Comando Geral, onde consta o registo da correspondência recebida do Comando Geral; Livro de Registo de Correspondência Recebida do Corpo de Marinheiros, onde consta o registo da correspondência recebida do Corpo de Marinheiros; Livro de Registo de Detalhe do Serviço de Pilotagem da Barra, onde consta o registo do detalhe do serviço da pilotagem da barra, nomeadamente a qualidade, nome, distrito, e serviço das embarcações, e ainda as suplentes; Livro de Registo de Ordens Gerais, onde consta o registo das Ordens Gerais; Livro de Registo de Ordens e Ofícios, onde consta o registo das Ordens e Ofícios; Livro de Registo das Ordens Particulares, onde consta o registo das Ordens Particulares; Livro de Registo de Ordens Recebidas, onde consta o registo das Ordens do General Comandante da Esquadra ao navio; Livro de Registo de Partes - Mapas do Estado Actual da Guarnição, onde constam os mapas do estado actual da guarnição que identifica o navio, o comandante, as classes de oficiais e o número de elementos por classe, o Corpo de Marinheiros e a respectiva situação: prontos, destacados, licenciados, ausentes, doentes e presos; Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.