VAPOR "INFANTE D. LUÍS"

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VAPOR "INFANTE D. LUÍS"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /163

Tipo de título

Atribuído

Título

VAPOR "INFANTE D. LUÍS"

Datas de produção

1848  a  1863 

Dimensão e suporte

17 livros; papel.

Produtor

Vapor "Infante D. Luís".

História administrativa/biográfica/familiar

Era o vapor de rodas "Royal Star" da Companhia Peninsular e Oriental cuja compra em Inglaterra fora contratada, em 6 de Março de 1847. Saiu de Londres em Abril de 1847. Em 1 de Abril de 1847 foi tomado pelo vapor "Mindelo" da Junta revolucionária do Porto, perto do Cabo da Roca. Desde 1847 até 1851, largou para Setúbal com o intuito de coadjuvar as autoridades contra os revoltosos; achou-se no bloqueio do Porto; conduziu tropa e ilustres passageiros para Malta; desempenhou comissão ao Porto e Açores; achou-se nas honras fúnebres do Rei D. Carlos Alberto; conduziu produtos da indústria portuguesa para exposição em Londres; escoltou a Duquesa de Bragança para a Madeira. Em 1852, conduziu Sua Majestade Imperial e a Princesa sua filha para a Madeira; escoltou Sua Majestade Imperial a Imperatriz viúva e Duquesa de Bragança e os restos mortais da princesa D. Amélia para Lisboa. Em 1853, largou para Cádis, conduzindo os príncipes de Joinville, Sua Alteza Imperial a princesa do Brasil, D. Francisca e o seu Augusto esposo. Em 1855, largou para Bordeús incluído na força naval do Vice-almirante Barão de Lazarim, Major-general, que conduzia o Rei D. Pedro V e o Infante D. Luís. Em 1859 passou ao registo do porto de Lisboa. Desarmou em 7 de Novembro de 1863 e em 17 concluiu a entrega dos objectos da Fazenda.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: Livro de Registo de Derrotas, em que os Guarda-marinhas, Aspirantes e Cadetes escrituram a navegação que, dia a dia, vão fazendo nas suas viagens de instrução; livro onde se encontra registado os ofícios expedidos pelo Comandante do vapor "Infante D.Luís" a diferentes autoridades; livro onde se encontra registado os ofícios recebidos de diferentes autoridades dirigidos ao Comandante do vapor "Infante D. Luís"; livro onde estão registadas as Ordens Gerais recebidas a bordo do navio; Livro de Registo de Partes - Mapas do Estado Actual da Guarnição, onde constam os mapas do estado actual da guarnição que identifica o navio, o comandante, as classes de oficiais e o número de elementos por classe, o Corpo de Marinheiros e a respectiva situação: prontos, destacados, licenciados, ausentes, doentes e presos; Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.