VAPOR DE RODAS "MINDELO"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /170
Tipo de título
Atribuído
Título
VAPOR DE RODAS "MINDELO"
Datas de produção
1851
a
1872
Dimensão e suporte
48 livros; papel.
Produtor
Vapor "Mindelo".
História administrativa/biográfica/familiar
Foi construído por Green & Alfred's Blyth, em Inglaterra. Foi o primeiro navio de vapor especialmente construído para a Armada Nacional. O vapor foi lançado à água em 7 de Agosto de 1845. Largou de Londres para Portugal em Junho de 1846. As suas principais características eram: comprimento - 58 m; boca - 10 m; arqueação - 643.26 metros cúbicos; lotação em 1855 - 130 homens. Deu protecção da cristandade de Tunes e aos súbditos portugueses em Roma. Desempenhou missões de fiscalização. Conduziu tropa, membros do Governo e da Família Real. Desempenhou comissão a Cabo Verde, Guiné e Angola. Integrou uma expedição naval à Guiné. Achou-se no combate naval do Douro em 1847. Foi capturado pela junta revolucionária designada de "Patuleia". Conduziu o Príncipe Joinville e a sua esposa, a princesa do Brasil, D. Francisca, em 1850. Escoltou até fora da barra do Tejo a fragata "D. Fernando" que conduzia Sua Majestade Imperial, a Duquesa de Bragança e sua filha D. Amélia. Em 1854 conduziu a Inglaterra e o regresso a Portugal o Rei D. Pedro V e seu irmão Infante D. Luís. Integrado na força Naval do Barão de Lazarim, em 1855, conduziu o Rei D. Pedro V e o Infante D. Luís para França, Bélgica e Inglaterra. Conduziu o Rei e sua comitiva a Cádis, respectivamente em 1856 e 1863. Em 1858 conduziu o Duque de Terceira e o Marquês de Ficalho para Ostende e conduziu, para Cádis, o Príncipe Leopoldo de Hohenzollern e comitiva. Em 1865 largou para Bordéus incluído na Divisão Naval que conduzia o Rei D. Luís, a Rainha e o Príncipe Real. Nesse ano ficou às ordens do Rei, em Génova. Em 1866 ficou às ordens do Duque de Saldanha, junto da Santa Sé. Foi aproveitado para Pontão em 1873. Em 1878 foi vendido.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: Livro de Registo de Alardo, onde são registados os números e nomes dos homens que compõem a guarnição, e pelo qual é feita a sua chamada quando necessário ou conveniente; Livro de Registo de Ofícios Expedidos, onde são registados os ofícios expedidos pelo Comandante do vapor "Mindelo" a diferentes autoridades; Livro de Registo de Ofícios Recebidos, onde são registados os ofícios recebidos de diferentes autoridades dirigidos ao Comandante do vapor "Mindelo"; Livro de Registo de Ordens Gerais, onde são registadas as Ordens Gerais; Livro de Registo de Partes - Mapas do Estado Actual da Guarnição, onde constam os mapas do estado actual da guarnição que identifica o navio, o comandante, as classes de oficiais e o número de elementos por classe, o Corpo de Marinheiros e a respectiva situação: prontos, destacados, licenciados, ausentes, doentes e presos; Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto; Livro de Registo de Receituário Diário, onde é registado o receituário diário; Livro de Registo de Visita à Enfermaria de Bordo, onde consta a informação dos nomes dos doentes, as moléstias e a sua marcha, as dietas, os remédios e prescrições e as datas de saída.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Condições de reprodução
Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.