CORVETA "VOADOR"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /079
Tipo de título
Atribuído
Título
CORVETA "VOADOR"
Datas de produção
1821
a
1823
Dimensão e suporte
3 livros; papel.
Produtor
Corveta "Voador".
História administrativa/biográfica/familiar
O navio "Voador" era um bergantim de 24 peças construído em Lisboa por Torcato José Clavina. Foi posto no estaleiro em 1790 e lançado à água no mesmo ano. Em 1820 foi considerado fragatinha ou corveta. As suas principais características eram: comprimento - 29.57 m, boca - 9.14 m, pontal - 5.49 m; lotação em 1795 - 136.Em 1790 integrou a Esquadra do Estreito que cruzava o Mediterrâneo, comandada pelo Primeiro-tenete Jaime Scarnichia.Em 1791 largou incluída na esquadra do Capitão-de-mar-e-guerra Paulo José da Silva Gama, a dar comboio à nau da Índia. Em 1792 largou em missão diplomática à Sardenha. Em 1793 integrou a Esquadra do Tenente-general José Sanches de Brito de auxílio à Inglaterra. Em 1794 serviu na Esquadra do Estreito, integrou a Esquadra do Chefe-de-divisão Pedro de Mariz de Sousa Sarmento, e largou na esquadra de auxílio à Inglaterra. Em 1795 largou para Gibraltar, incluída na Esquadra do Chefe-de-divisão Joaquim Francisco de Melo e Póvoas. Em 1797 largou para o Brasil, incluída na Esquadra do Chefe-de-esquadra António Januário do Vale com a missão de escoltar um grande comboio. Em 1807 largou incluída na esquadra que conduzia a Família Real ao Brasil. Em 1808 participou na conquista da Guiana levando reforços à expedição.Em 1816 largou de Lisboa para o Rio de Janeiro integrada na Esquadra do Chefe-de-divisão Rodrigo José Ferreira Lobo, cuja missão era escoltar a expedição do Tenente-general Carlos Frederico Lecor. Em 1821 largou do Rio de Janeiro para o reino integrada na esquadra do Chefe-de-divisão D. João Manuel, Conde de Viana, conduzindo D. João VI, a Família Real e muitas outras pessoas ilustres. Em 1823 largou para o Brasil, conduzindo o Conde de Rio Maior e o Conselheiro Francisco José Vieira. A corveta foi incorporada na Marinha do Brasil.A corveta desempenhou ainda outras missões, tais como: deu comboio ao norte de Portugal, efectou várias comissões a Tânger, Setúbal e cruzou, por várias vezes, na costa portuguesa.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Inclui o livro onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.