CHARRUA "PRÍNCIPE REAL"

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CHARRUA "PRÍNCIPE REAL"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /051

Tipo de título

Atribuído

Título

CHARRUA "PRÍNCIPE REAL"

Datas de produção

1830  a  1856 

Dimensão e suporte

15 livros; papel.

Produtor

Charrua "Príncipe Real".

História administrativa/biográfica/familiar

Era uma galera russa comprada em Montevideu, em 1818.As suas principais características eram: comprimento - 28.35 m; boca - 7.84 m; pontal - 6.1 m; armou com 18 peças; lotação - 77.Em 13 de Setembro de 1820 zarpou do Rio de Janeiro para o reino. Em 1821 navegou nas águas da Baía. Em Fevereiro de 1822 achava-se no Tejo, armada de 18 peças de calibre 6 e caronadas de 18, e preparada como transporte. Saiu para Angola, como navio-chefe numa expedição militar, com escala por Santiago, em Dezembro de 1822. Cumprida a missão, regressou a Lisboa em Abril de 1823. Em 1829, integrou a expedição aos Açores, do comando do Chefe-de-divisão Francisco Inácio de Miranda Everard; tomou parte no combate de Vila da Praia em 11 de Agosto e largou para o Funchal com carta de Prego. Em 1830 partiu para Angola com escala por Cabo Verde, conduzindo passageiros. Cumprida a missão, regressou ao reino em Dezembro, com carga e guarnição da escuna brasileira "Borboleta", passando em S. Tomé e no Príncipe. Em 1832 conduziu tropa para a Madeira, e no regresso trazia carga de vinho. No ano seguinte, largou para Alcochete com a missão de evitar o contrabando de guerra pelo canal do sul do Tejo. Em Janeiro de 1834 partiu para Cabo Verde e Guiné, levando na sua conserva a charrua "Orestes", com a missão de conduzir a Lisboa os presos políticos do absolutismo. Em Agosto desse ano, largou para Portsmouth, do Tejo, conduzindo oficiais e marinheiros ingleses que serviram nas forças liberais portuguesas. Em Fevereiro de 1835 saiu para Cabo Verde, conduzindo tropa e em Bissau carregou madeira. Desde 1835 até 1839 desempenhou duas comissões a Angola. Em 1842 partiu para Angola, com escala pelo Funchal, conduzindo o novo Governador-geral José Xavier Bressane Leite, além de vários passageiros. No regresso, passou em S. Tomé e no Príncipe e conduziu os Governadores Manuel Eleutério Malheiro e o Capitão-de-fragata Bernardino José de Sousa de Andrea. Em 1843, largou, por três vezes, para as ilhas e serviu de hospital em Luanda. Em 1844, desarmou em Luanda para servir de depósito da Estação Naval. Foi vendida em 1856.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: Diário Náutico, onde consta o registo de tudo quanto interessa à navegação, como - rumos, caminhos percorridos, terras ou faróis avistados ou à vista, estado do tempo, temperaturas, pressões barométricas e todas as ocorrências passadas, tanto a bordo como no mar, à vista do navio, elaborado pelo oficial de quarto; e o Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Notas de publicação

Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.