CORVETA "CIBELE"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /055
Tipo de título
Atribuído
Título
CORVETA "CIBELE"
Datas de produção
1829
a
1829
Dimensão e suporte
1 livro; papel.
Produtor
Corveta "Cibele".
História administrativa/biográfica/familiar
A corveta "Cibele" foi construída no Arsenal da Marinha de Lisboa, por António Lopes Ferreira e Manuel Clemente de Barros, sendo lançada à água em 24 de Agosto de 1823. A corveta foi considerada como tendo excelentes qualidades náuticas. Depois da batalha do cabo de São Vicente, passou a denominar-se "Elisa".As principais características: comprimento - 39.62 m, boca - 16.15 m, pontal - 7.19 m; armamento - 24 peças; lotação em 1842 - 161 homens. Em Setembro de 1826, largou de São José de Ribamar para um cruzeiro nas ilhas. Em Outubro de 1827, recebeu ordem para retirar para Lisboa. Em Março de 1828, largou para um cruzeiro nos Açores, contra os corsários de Buenos Aires. Em Maio de 1828 a corveta partiu para navio-chefe do bloqueio do Douro. Em Outubro de 1828, largou para a Madeira incluída na Esquadra do Chefe-de-Divisão Graduado Francisco Inácio de Miranda Everard. Em 1831 largou com um contigente de tropa para a Madeira integrada numa força naval; largou do Funchal para os Açores com a missão de reconhecer as forças navais e terrestres dos liberais e entrou em Corunha, fugindo duma fracção da esquadra liberal. Em 1833, saiu, por duas vezes, incluída na esquadra miguelista para forçar o bloqueio do Tejo posto pelos liberais, participou no combate de São Vicente e efectuou um cruzeiro na costa e uma comissão à Figueira da Foz. Em 1834, já com o nome "Elisa", participou no bloqueio da Figueira da Foz, efectuou uma comissão ao Porto e um cruzeiro no norte de Espanha. Em 1834 a corveta foi colocada às ordens da Rainha. Em Abril de 1835, largou para o Grão Pará, para protecção dos portugueses no Brasil. A corveta partiu do Pará para Lisboa em fins de Agosto. Em Outubro de 1835 largou para a Madeira a fim de conduzir a Lisboa o Secretário de Estado Honorário Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque e a sua família. Em Novembro de 1835, saiu para cruzar na costa, com o intuito de vigiar o movimento dos miguelistas. Em Julho de 1837, saiu para a Madeira com correio. Em Março de 1839, largou para a Índia levando o Ministro residente e sua família. Escalou no Rio de Janeiro e Moçambique. Em Agosto fundeou em Mormugão e entrou em Pangim. Em Setembro de 1839 foi abatida por inútil em Goa.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Condições de reprodução
Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.