CHARRUA "ORESTES"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /047
Tipo de título
Atribuído
Título
CHARRUA "ORESTES"
Datas de produção
1823
a
1835
Dimensão e suporte
5 livros; papel.
Produtor
Charrua "Orestes".
História administrativa/biográfica/familiar
Foi comprada no Rio de Janeiro para a campanha do rio da Prata, em 1820, a António Martins Pedra, filho e companhia. Armou com 24 peças e a lotação, em 1821, era de 93 homens.Em Abril de 1821 largou do Rio de Janeiro para Lisboa incluída na esquadra do Chefe-de-divisão D. João Manuel, Conde de Viana, que conduziu D. João VI, a Família Real e outros passageiros. Em Janeiro de 1822, zarpou para o Rio de Janeiro incluída na expedição do Chefe-de-divisão Francisco Maximiliano de Sousa, cuja missão era reforçar a Divisão do General Avilez que defendia a causa portuguesa no Brasil. Em Março desse ano, largou do Rio de Janeiro, incluída na Esquadra do Chefe-de-divisão Francisco Maximiliano de Sousa, de regresso ao reino. Em Setembro de 1822, largou para a Baía, na expedição do Chefe-de-divisão João Félix Pereira de Campos que conduzia reforços para o General Madeira que ali defendia os interesses portugues. Ficou incorporada nas forças navais de Pereira de Campos. Em Julho de 1823, integrou a esquadra que conduzia as forças navais de Pereira de Campos, da Baía para Lisboa. Em Outubro desse ano, efectuou comissão nos Açores, incluída na força naval do Capitão-de-fragata graduado Miguel Gil de Noronha. Em Fevereiro 1825, zarpou para Cabo Verde e Bissau com passageiros e degredados. No regresso trouxe madeiras de Bissau. Em Dezembro de 1825 desempenhou comissão a Cabo Verde e Guiné. Em Novembro de 1826, largou para a Madeira, inserida na força naval do Capitão-de-fragata graduado Joaquim Maria Bruno de Morais. Em Janeiro de 1827, saiu para Cabo Verde e conduziu pólvora e degredados. Em Fevereiro desse ano, partiu da Praia para Bissau, com tropa e géneros da Fazenda e regressou a Lisboa em Maio desse ano. Em Agosto de 1828, zarpou para a Madeira e Açores incluída na expedição do Almirante Sousa Prego. Em Abril do ano seguinte, navegou nas águas dos Açores incluída na esquadra do Capitão-tenente José Joaquim Pereira a fim de reforçar as forças do Almirante Rosa Coelho. Regressou a Lisboa em Maio desse ano. Em Junho de 1829 achou-se inserida na esquadra do Chefe-de-divisão Francisco Inácio de Miranda Everard com o intuito de unir-se à esquadra de Rosa Coelho, nos Açores. Em Dezembro de 1829, zarpou de Lisboa para Cabo Verde e Guiné, com o objectivo de transportar madeira da Bolama para o reino. Em 1831 partiu do Tejo para Santiago com escala pela Praia e Bolama e conduziu o Governador-geral de Cabo Verde e o seu ajudante, além de degredados. No regresso ao reino foi apresado pelo bloqueio francês do Almirante Roussin. A correspondência oficial e a mala do correio foi atirada ao mar, os comandante e oficiais foram compelidos a embarcar na fragata inimiga. A charrua seguiu para Brest. No dia 16 de Outubro de 1831, depois de efectuado o pagamento das despesas que a sua estadia ocasionara, a charrua largou de Brest para Lisboa. Em Março de 1833 conduziu tropa para a Madeira. Em Janeiro de 1834 partiu para Angola com escala por Cabo Verde, com carga, passageiros e degredados. A missão principal era estabelecer o governo legítimo em Cabo Verde e portos da África Ocidental. Entrou na Praia, fundeou em Benguela e chegou a S. Tomé e Príncipe. Na viagem de regresso a Lisboa, sofreu avarias fatais, que obrigaram a guarnição da charrua "Orestes" a embarcar no iate de guerra "Santa Isabel", em 11 de Abril de 1835.Em 26 de Maio de 1835 a charrua foi vendida por inútil.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.