CHARRUA "SÃO JOÃO MAGNÂNIMO"

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CHARRUA "SÃO JOÃO MAGNÂNIMO"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /053

Tipo de título

Atribuído

Título

CHARRUA "SÃO JOÃO MAGNÂNIMO"

Datas de produção

1822  a  1842 

Dimensão e suporte

19 livros; papel.

Produtor

Charrua "São João Magnânimo".

História administrativa/biográfica/familiar

Foi construída em Sucupira, no Pará, em 1797 pelo construtor Manuel José da Silva Galinha. Era um belo navio de 1000 toneladas, aguentava bem a vela, nunca desgovernava, mas com vaga alta ou com pequeno mar pela proa, caturrava imenso, metia o beque debaixo da onda até o perder. Por Portaria de 16 de Fevereiro de 1836, passou a denominar-se simplesmente "Magnânimo".As suas principais características eram: comprimento - 41.15 m; boca - 10.09 m; pontal - 7.50 m ; lotação - 150. Em 15 de Fevereiro de 1800, chegou a Lisboa vindo do Pará. A charrua desempenhou várias missões, nomeadamente, como transporte de pedras de cantaria e outros materiais para Angola; conduziu passageiros ilustres para o Brasil; transportou madeiras para o Arsenal; conduziu tropa para Macau e Timor; serviu como nau de viagem para a Índia e integrou a expedição de Montevideu. É de salientar, em Julho de 1807, o ter largado incluída na esquadra em que retirava para o Brasil a Família Real. Em 25 de Junho de 1845, segundo anúncio, concluiu-se o leilão do resto das fazendas da charrua, pelo Supremo Tribunal da Marinha. Foi desmanchada na Azinheira, por inútil, em 9 de Agosto de 1845.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o:Livro de Registo de Ofícios Recebidos, onde consta o registo dos ofícios recebidos; Livro de Registo de Ordens Gerais, onde consta o registo das ordens gerais; Livro de Registo de Partes - Mapas do Estado Actual da Guarnição, onde constam os mapas do estado actual da guarnição que identifica o navio, o comandante, as classes de oficiais e o número de elementos por classe, o Corpo de Marinheiros e a respectiva situação: prontos, destacados, licenciados, ausentes, doentes e presos; e o Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Notas de publicação

Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.