NAU "NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /138
Tipo de título
Atribuído
Título
NAU "NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO"
Datas de produção
1793
a
1793
Dimensão e suporte
1 livro; papel.
Produtor
Nau "Nossa Senhora da Conceição"
História administrativa/biográfica/familiar
Foi construída no Arsenal da Marinha em Lisboa por Manuel Vicente Nunes e lançada à água em 13 de Julho de 1771. Depois de ter recebido importantes fabricos, em 23 de Dezembro de 1794, foi baptizada em "Príncipe Real". As suas principais características eram: comprimento - 60.96 m, boca - 15.24 m, pontal - 11.28 m (aprox.), calado - 11.28 (aprox.); artilharia em 1805 - 86 peças; lotação em 1795 - 950 homens. A nau desempenhou varias missões importantes das quais são de salientar o auxílio naval à Inglaterra no Mediterrâneo e a participação na retirada da Família Real para o Brasil em 27 de Novembro de 1807, em que se deu a manobra magistral da nau "Príncipe Real", sob o comando de Canto e Castro em que o presente destinado ao Príncipe transitou da nau inglesa (que não manobrava, mas apenas mantinha o rumo) e a nau portuguesa de mão para mão, debaixo de um temporal desfeito, sem haver qualquer atracção, perante o espanto das duas esquadras. Em 1822 servia de presinganaga no Rio de Janeiro. Mais tarde, em 1830, foi desmanchada no Rio de Janeiro.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o Livro de Registo de Partes - Mapas do Estado Actual da Guarnição, onde constam os mapas do estado actual da guarnição que identifica o navio, o comandante, as classes de oficiais e o número de elementos por classe, o Corpo de Marinheiros e a respectiva situação: prontos, destacados, licenciados, ausentes, doentes e presos.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Condições de reprodução
Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.