CANHONEIRA "MARIA ANA"

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CANHONEIRA "MARIA ANA"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /042

Tipo de título

Atribuído

Título

CANHONEIRA "MARIA ANA"

Título paralelo

Vapor "Infanta D. Maria Ana"

Datas de produção

1859  a  1873 

Dimensão e suporte

30 livros (27 livros, 3 cadernos); papel.

Extensões

27 Livros
3 Outros

Produtor

Canhoneira "Maria Ana".

História administrativa/biográfica/familiar

Foi construida pela casa Scott Russell em Londres e lançada à água em 3 de Setembro de 1859. Primeiro denominou-se vapor "Infanta D. Maria Ana" e depois canhoneira "Maria Ana". Era navio de madeira, mas o lugar destinado ao aparelho motor era fortalecido por chapas de ferro. As suas principais características eram: comprimento entre pp - 38.10 m, boca - 7.62 m, pontal - 3.35 m ; máquinas - 8 nós; lotação - 100.Em 20 de Novembro de 1859, largou para Lisboa e entrou a barra a 6 de Dezembro. Recebeu as visitas do Chefe de Estado-maior e do Infante D. Luís acompanhado pelo Capitão-de-fragata Sérgio de Sousa e o Conde de Linhares. Em 12 de Dezembro de 1859, entrou a bordo a comissão para inspeccionar o navio. Em 16 de Dezembro de 1859, largou para experiências. A aparelhagem trabalhou toda a contento da comissão.Desde 1860 até 1865 navegou nas águas de Angola e Moçambique, tendo desempenhado muitas e várias missões. Em Abril de 1865 partiu de Moçambique para Timor. Em novembro, desse ano, largou de Dilly para Singapura. Em 1866 partiu para a Moçambique conduzindo os condenados da revolta de Timor e depois regressou a Lisboa. Em Setembro de 1869, largou para a Estação Naval de Moçambique. Em Junho de 1870, o navio largou em cumprimento da missão de descobrir uma via de comunicação entre a Baía e o território da República do Transvaal. Depois serviu, por duas vezes, como correio oficial para a Europa. Desde 1871 até 1872, efectuou várias missões em especial no rio Infusse, Angoche e Mocambo, também levou correio para a Europa e conduziu tropa para o Ibo.Em Setembro de 1872, sofreu fabricos em Bombaim. Em Janeiro de 1873, saiu de Bombaim para Lisboa. Por Portaria de 11 de Abril de 1874, foi condenada e mandada vender em praça.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto; Livro de Registo de Derrotas, livro em que os Guarda-marinhas, Aspirantes e Cadetes escrituram a navegação que, dia a dia, vão fazendo nas suas viagens de instrução; livro onde estão registados os ofícios recebidos; livro onde estão registadas as ordens gerais; livro onde estão registadas as ordens particulares; Livro de Registo de Partes - Mapas do Estado Actual da Guarnição, onde constam os mapas do estado actual da guarnição que identifica o navio, o comandante, as classes de oficiais e o número de elementos por classe, o Corpo de Marinheiros e a respectiva situação: prontos, destacados, licenciados, ausentes, doentes e presos; livro onde estão registadas as entradas e saídas de navios no Porto de Moçambique; Livro de Registo do Receituário da Botica, onde eram registados os medicamentos e utensílios dispendidos pelo Cirurgião do navio, Thomaz d'Aquino Pinheiro, com o tratamento e curativo dos doentes não só da enfermaria, como dos não impossibilitados de trabalhar; e o Caderno de Registo de Visita à Enfermaria, onde consta o registo dos nomes dos doentes recebidos na enfermaria, moléstias, remédios e prescrições.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Notas de publicação

Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.