Foi construída em Damão, em teca, por Jadó Simogi, pelo risco da corveta "Infante D. Miguel", aproveitando os materiais do desmancho desta corveta e lançada ao mar em 9 de Outubro de 1828. Tinha boas qualidades náuticas.
As suas principais características eram: comprimento fora a fora - 45.54 m, boca - 10.56 m, pontal - 6.27 m, calado a vante - 6027 m; tonelagem - 516 toneladas; armamento - 2 peças de bronze de calibre 18, 1 peça de bronze de calibre 3, 16 caronadas de ferro de calibre 32; armamento portátil - 60 espingardas de fuzil, 20 pistolas de fuzil, 4 bacamartes de canos de bronze, 45 espadas e respectivos cinturões, 60 baionetas e respectivos cinturões, 20 chuços, 90 cartucheiras de cinto; lotação em 1842 - 161 homens.
O navio entrou em Goa a 28 de Novembro de 1828. Em 1830, largou de Goa para Lisboa, conduzindo o ex-Governador de Macau. Em 1831, a corveta foi tomada pelo governo francês ao mando do Almirante Roussin, sendo resgatada em 1834. Nesse ano, largou para Sardenha, com uma missão diplomática a favor do Governo Liberal. Em 1836, navegou para os Açores com carta de prego. Em 1839, saiu para cruzeiro nas ilhas. Em 1840, levantou ferro do Funchal para o Maranhão, com a missão de proteger os portugueses ali residentes. Em 1840, saiu para o Algarve para conduzir o Batalhão de Infantaria 8. Em 1841, largou para os Açores, com a missão principal de reprimir o contrabando. Do Faial partiu para o Rio de Janeiro, em Outubro de 1841, o objectivo era reforçar a Estação Naval Portuguesa na América do Sul. Em 1842, saiu para a Estação Naval de América do Sul, no intuito de proteger os interesses de Portugal naquelas terras.
Em 1847, levantou ferro para a Madeira e Açores, para apoiar as novas autoridades nomeadas pela Rainha após a assinatura da Convenção de Gramido. Em 1849, largou para o Brasil, conduzindo o ministro plenipotenciário de Sua Majestade à Corte do Rio de Janeiro e sua família. Em 1850, largou do Rio de Janeiro para Macau, conduzindo o novo Governador Capitão-de-mar-e-guerra Pedro Alexandrino da Cunha. Em Janeiro de 1851, a "D. João I" largou de Macau para Hong-Kong, conduzindo o novo Governador, Capitão-de-mar-e-guerra Francisco António Gonçalves Cardoso. Em 1852, partiu integrada no séquito naval da Duquesa de Bragança, à ilha da Madeira. No ano seguinte, levantou ferro para Macau com escala pelo Cabo da Boa Esperança e Timor. Em 1854, conduzindo o Governador da província e o ministro plenipotenciário francês, largou de Macau para Ning-Pó, fazendo escala por Hong-kong e Amoy. Em Julho de 1854 a corveta travou combate com os piratas chineses com completo êxito. Em 1860, o navio preparou-se para desempenhar uma missão importante - conduzir a seu bordo o Capitão-de-mar-e-guerra Isidoro Francisco Guimarães, Governador de Macau, ao Japão, a negociar um tratado de paz, amizade e comércio com os japoneses. Em 1861, largou em segunda viagem ao Japão, com escala por Xangai, para se proceder ali à ractificação do tratado do comércio luso-japonês. Devido ao mau tempo não chegou ao seu destino. Em 1864, partiu do Tejo conduzindo guarnições para canhoneira "Maria Ana" e a escuna "Barão de Lazarim" navios que se encontravam em Moçambique. Em 1865, realizou uma viagem de instrução aos arquipélagos dos Açores e Madeira. Em 1866, saiu para a Estação Naval de Angola, conduzindo o Governador-geral de Angola. Em 1869, largou a fim de reforçar a Estação Naval de Macau, durante a travessia o navio sofreu uma violenta tempestade que apenas o seu Comandante Tomás Andreia evitou o pior. Em 1871, realizou um cruzeiro nos Açores, com a missão de evitar a emigração clandestina. Em 1872, largou, por duas vezes, de Lisboa para a viagem de instrução e cruzeiro nos Açores. Em 1873, efectou um cruzeiro na costa de Angola.
Por Portaria de 30 de Abril de 1874 passou ao estado de desarmamento. Em 10 de Dezembro de 1877, a corveta servia de depósito de pessoal da Estação Naval de Angola. Em 1892 ainda existia encalhada na ilha de Luanda, mas já sem mastreação.