BRIGUE-ESCUNA "VOUGA"

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BRIGUE-ESCUNA "VOUGA"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /040

Tipo de título

Atribuído

Título

BRIGUE-ESCUNA "VOUGA"

Datas de produção

1840  a  1868 

Dimensão e suporte

22 u.i. (21 livros, 1 caderno); papel.

Extensões

21 Livros
1 Outro

Produtor

Brigue-escuna "Vouga".

História administrativa/biográfica/familiar

O brigue-escuna "Vouga" de 18 peças construído no Arsenal da Marinha por Joaquim Jesuíno da Costa, foi lançado à água em 3 de Abril de 1840. Também aparece como navio de 16 peças. Em 22 de Maio de 1843, passou a aparelhar a brigue.As suas principais características eram: comprimento - 27.74 m, boca - 7.92 m, pontal - 4.88 m; deslocamento máximo - 298 toneladas; lotação - 100. Em 1845, o Comandante Craveiro Lopes afirmou que : «o brigue em andamento tanto a bolina como a uma larga he regular pois que no primeiro caso já com algum mar deita seis milhas e meia e no segundo caso outo e meia a nove, agoenta muito, e capeia optimamente, porem em qualquer dos casos referidos entra-lhe algum mar, e junto com alguma agoa que faz pelos altos acontece, por este motivo haver continuamente quantidade de água no porão a qual juntando-lhe a ré com mais abundancia, apesar de todas as precauções, damnifica alguns generosos nos paioes de ré, com especialidade no paiol da polvora».Em 1841, largou para a Madeira a fim de reprimir ali o contrabando. Em 1842, passou mostra de desarmamento para fabricos e cruzou no Algarve a fim de evitar o desembarque clandestino de objectos e pessoas. Em 1843 navegou nas águas de Cabo Verde a fim de impedir o tráfico de escravos, largou da Praia com a escuna do governo Tarrafal e conduziu 3 oficiais e 60 homens para substituir a guarnição de "Bissau", que se revoltou com o pagamento em fazendas e mercadorias em lugar da moeda metálica. Desde Março de 1844 até Agosto 1844, efectuou várias comissões na Guiné. Em Dezembro de 1844, navegou nas águas de Cabo Verde a fim de impedir o tráfico de escravos. Depois protegeu Bissau dos ataques de grumetes e papeis revoltosos. Desde Janeiro até Março de 1845, navegou nas águas de Fogo, Brava, Bissau e Praia, conduziu militares e serviu como correio, e em Dezembro de 1845 regressou à metrópole. Em Outubro de 1846, achou-se no bloqueio do Porto. Em 8 de Março recolheu do Vigo a Lisboa, em 8 dias. Em Abril de 1847, recebeu ordem para fundear na boca do Montijo a fim de impedir a passagem dos rebeldes para o norte do Tejo. Em 1851, conduziu do Porto à ilha Terceira uma bateria do 3º regimento de artilharia, e partiu para Cabo Verde com uma botica e um médico para combater uma possível epidemia de febre amarela. Em 1852 largou para a ilha da Madeira onde ficou à ordem de Sua Majestade Imperial e Senhora Duquesa de Bragança. Em Março de 1853, saiu para a Madeira, conduziu um destacamento de artilharia e respectivo trem. Em 7 de Maio de 1853 o Vouga e mais navios prestaram honras fúnebres dos restos mortais da princesa D. Amélia. Em 1856, foi emprestado à Alfândega de Lisboa. Em 1865, encalhou para ser desmanchado e, em 1868, era desmantelado por inútil.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: caderno onde estão registados os nomes dos doentes recebidos na enfermaria, moléstias, remédios e prescrições; Livro de Registo de Alardo, em que estão registados os números e nomes dos homens que compõem a guarnição, e pelo qual é feita a sua chamada quando necessário ou conveniente; Livro de Registo de Derrotas, em que os Guarda-marinhas, Aspirantes e Cadetes escrituram a navegação que, dia a dia, vão fazendo nas suas viagens de instrução; Livro de Registo de Ofícios, onde consta o registo dos ofícios; Livro de Registo de Ordens Gerais, em que estão registadas as ordens gerais recebidas a bordo do navio; Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Unidades de descrição relacionadas

Documentação avulsa: Brigue-escuna: caixa 477 ( documentação de 1840-1866 ); Escuna: caixa 624 ( documentação de 1840 ); Brigue: caixa 474 ( documentação de 1843-1858 ).

Notas de publicação

Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.