BRIGUE-ESCUNA "LIBERAL"

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BRIGUE-ESCUNA "LIBERAL"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /037

Tipo de título

Atribuído

Título

BRIGUE-ESCUNA "LIBERAL"

Datas de produção

1842  a  1843 

Dimensão e suporte

1 u.i. (1 livro); papel.

Extensões

1 Livro

Produtor

Brigue-escuna "Liberal".

História administrativa/biográfica/familiar

Foi comprado pelos oficiais militares na ilha Terceira em 1831 e oferecido ao Governo Liberal. Armou com 6 caronadas de calibre 12 e dispunha de 24 espingardas, 14 pistolas e 21 espadas. Em 1841 passou a aparelhar a escuna.As suas principais características eram: comprimento - 25.30 m, boca - 6.40 m, pontal - 4.26 m. A lotação por Portaria de 1842, era de 65 homens.Em Abril de 1831, entrou na Horta e foi recebido a tiro pelo Castelo de Santa Cruz, respondeu o navio aos miguelistas com dois tiros. Em 1832, efectou várias missões, nomeadamente, seguiu para Cherburgo com encomendas para D. Pedro, largou para Ponta Delgada, partiu para Portugal incluído na expedição dos 7500 bravos do Mindelo e dirigiu-se para o sul na tentativa de bloquear o porto da Figueira da Foz. No mesmo ano transportou géneros para o Porto, que os navios mercantes conduziam. Em 1833 efectou várias missões, das quais, largou do Porto para cruzar entre a barra do Douro e Viana do Castelo, com a missão de limpar a costa das canhoneiras miguelistas e largou do Porto para o bloqueio da Figueira da Foz, com ordem expressa para apresar o vapor "Jorge IV", não o tendo encontrado. No mesmo ano, aclamou a Rainha nas Berlengas, achou-se no bloqueio da Figueira da Foz e fez de polícia nas águas do rio Tejo. Em 1834 navegou nas águas da Madeira e cruzou no Algarve. Nas águas das Berlengas deu aviso da chegada do Príncipe D. Augusto que partiu de Londres para Lisboa no vapor "Monarch". Navegou em Cádis e Tânger. Em 1836, navegou nas ilhas e efectuou um cruzeiro na costa e na costa Algarvia. Em 1837 largou a cruzar sobre Peniche e entrou em fabricos; acidentalmente um vapor produziu-lhe novas avarias, e um brigue mercante, caíu-lhe na proa; o navio só ficou pronto à vela em Maio de 1838. A armação passou a ser de escuna. Em 1839, transportou numerário do Porto para Faro e largou para o Algarve com carga do Arsenal do Exército, passageiros e tropa. Desde 1840 até 1842, cruzou no Algarve e partiu para os Açores com correspondência. Em 1843, levantou ferro de Lisboa para Angola como correio marítimo. Partiu de regresso ao reino a 15 de Junho, durante a travessia o navio sofreu avarias fatais, sendo socorrido por um brigue barca americano "Sir John Beresford" que recolheu toda a guarnição.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Unidades de descrição relacionadas

Documentação avulsa: caixas 475 e 476 ( documentação de 1831 a 1844 ); Livro de Registo e Ordens para as Escunas Meteoro e Liberal ( Nº Arquivo 654 ) 1839-1849.

Notas de publicação

Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar (V Parte), Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.