CORVETA "ELISA"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /061
Tipo de título
Atribuído
Título
CORVETA "ELISA"
Datas de produção
1835
a
1836
Dimensão e suporte
2 livros; papel.
Produtor
Corveta "Elisa".
História administrativa/biográfica/familiar
Foi construída no Arsenal da Marinha de Lisboa, por António Lopes Ferreira e Manuel Clemente de Barros e lançada à água em 24 de Agosto de 1823. A corveta foi considerada como tendo excelentes qualidades náuticas. Depois da batalha do Cabo de S. Vicente, passou a denominar-se "Elisa".As suas principais características eram: comprimento - 39.62 m, boca - 16.15 m, pontal - 7.19 m; armamento - 24 peças; lotação em 1842 - 161 homens. A corveta desempenhou várias missões, nomeadamente, cruzou nos Açores, contra os corsários de Buenos Aires, foi navio-chefe no bloqueio do Douro em 1828, integrou a esquadra do chefe-de-divisão graduado Francisco inácio de Miranda Everard em 1828, navegou nas águas do Funchal e Açores e cruzou nas Berlengas. Em 1833, saiu, por duas vezes, incluída na esquadra miguelista para forçar o bloqueio do Tejo posto pelos liberais, participou no combate de S. Vicente e efectuou um cruzeiro na costa e uma comissão à Figueira da Foz. Em 1834, já com o nome "Elisa", participou no bloqueio da Figueira da Foz, efectuou uma comissão ao Porto e um cruzeiro no norte de Espanha e foi cololocada às ordens da Rainha. Em 1835, largou para o Grão Pará, para protecção dos portugueses no Brasil. No ano seguinte, saiu para cruzar na costa, com o intuito de vigiar o movimento dos miguelistas. Em 1837, saiu para a Madeira com correio. Na viagem de regresso, o navio esteve perdido várias vezes, apenas sendo salvo pelas manobras oportunas do Comandante João Teixeira Barbosa Leite. Em 1839, largou para a Índia levando o Ministro residente e sua família, com escala no Rio de Janeiro e Moçambique. Em Setembro de 1839 foi abatida por inútil em Goa.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Organização cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Condições de reprodução
Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.