CORVETA "INFANTE D. HENRIQUE"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /065
Tipo de título
Atribuído
Título
CORVETA "INFANTE D. HENRIQUE"
Datas de produção
1869
a
1874
Dimensão e suporte
8 livros; papel.
Produtor
Corveta "Infante D. Henrique".
História administrativa/biográfica/familiar
Era a corveta inglesa "Hawk", comprada em Inglaterra em 1868. Tratava-se dum navio de madeira. O navio foi entregue ao Governo Português em 26 de Agosto de 1869. Por Portaria de 6 de Novembro de 1869 passou a considerar-se corveta e a chamar-se "Infante D. Henrique".As suas principais características eram: comprimento - 57 m ; velocidade máxima - 12 nós; armamento - 11 bocas de fogo; lotação em 1870 - 198 homens.Em Outubro de 1869, largou de Londres para Lisboa. Em Abril de 1870, conduziu, de Luanda para Moçambique, o novo Governador, Conselheiro General José Rodrigues Coelho do Amaral. Em Dezembro desse ano, largou de Moçambique para a Estação Naval de Angola. Em 1871, efectuou comissão ao Zaire; largou para cruzeiro de instrução na costa sul; completou o sistema defensivo de protecção a Novo Redondo; visitou o Zaire, indo fundear em Banana; navegou para o Ambriz, para substituir o destacamento do Bembe; conduziu tropas a Novo Redondo. Em 1872, visitou ao rio Zaire; desempenhou missão de auxiliar, com os escaleres de bordo, ao embarque da tropa em Moçâmedes, Benguela e Novo Redondo e regressou para a metrópole, com escala por S. Tomé. Em 1873, largou com carta de prego para Cádis, com a missão de proteger ali os interesses portugueses; desempenhou missão em Tânger e cumprimentou o novo Imperador de Marrocos pela sua elevação ao trono. Em Fevereiro de 1880, após ter sido reconhecido que não merecia fabrico, foi vendido.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: Livro de Registo de Partes - Mapas do Estado Actual da Guarnição, onde constam os mapas do estado actual da guarnição que identifica o navio, o comandante, as classes de oficiais e o número de elementos por classe, o Corpo de Marinheiros e a respectiva situação: prontos, destacados, licenciados, ausentes, doentes e presos; livro onde estão registados os ofícios expedidos; livro onde estão registados os ofícios recebidos; Livro de Registo de Ordens Gerais - Cadernos de Ordens á Estação Naval de Angola, onde estão registadas as Ordens Gerais e as Ordens à Estação Naval d'Angola; Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Condições de reprodução
Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.