CORVETA "OITO DE JULHO"; BRIGUE "AUDAZ"

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CORVETA "OITO DE JULHO"; BRIGUE "AUDAZ"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /070

Tipo de título

Atribuído

Título

CORVETA "OITO DE JULHO"; BRIGUE "AUDAZ"

Datas de produção

1839  a  1852 

Dimensão e suporte

17 livros; papel.

Produtor

Corveta "Oito de Julho"; brigue "Audaz".

História administrativa/biográfica/familiar

Foi construída no Arsenal da Marinha em Lisboa e lançada à água em Julho de 1834. Foi o primeiro navio português com popa militar. Era rijamente construída, de muita praça e fraca tonelagem. Fácil de manobrar e bonanceira.As suas principais características eram: comprimento - 36.27 m; boca - 9.21 m; pontal - 3.66 m; armamento - 24 peças; lotação em 1842 - 161 homens.Em Maio de 1840, partiu para o Rio de Janeiro, com escala pelo Funchal. Conduzia o ministro Plenipotenciário Conselheiro Bayard, família e empregados, junto à Corte do Rio de Janeiro. Em Setembro desse ano, zarpou de Montevideu para a Estação Naval de Angola. Em 1841, largou, por duas vezes, para cruzeiro na costa norte e nas águas de Luanda; efectuou comissão, respectivamente, em Benguela e Dande e conduziu passageiros e carga, tendo entrado em Novo Redondo, Benguela e Moçâmedes. Em 1842, fundeou em Cabinda. O filho do Príncipe Mafuca Franco esteve a bordo do navio. Em Julho desse ano a corveta entrou em Luanda a ali soube que a Carta Constitucional de 1826 fora restaurada. O juramento da Carta foi feito a bordo da corveta em 15 de Julho de 1842. Em 1843 efectuou comissão a Benguela e Moçâmedes, tendo fundeado no Lobito e em Moçâmedes, entrou em Benguela e ainda regressou à metrópole. Em Outubro de 1846 achou-se no bloqueio da barra do Douro, com a missão de impedir a saída dos vapores da Junta Revolucionária. Em Março de 1847 saíu para o bloqueio do Porto com outros navios. Quando, se encontrava , próximo da terra entre Matosinhos e Mindelo, revoltou-se a guarnição da corveta e entregou o navio à Junta do Porto. As Forças Navais Aliadas, em Maio de 1847, apresaram à saída da barra do Douro os navios da Junta, entre os quais a corveta "Oito de Julho". Mais tarde, em Junho de 1848, zarpou para a Estação Naval Portuguesa da Costa Ocidental de África. A corveta conduzia passageiros, entre os quais o Governador-geral de Cabo Verde. Em Outubro de 1849 navegou para o sul com escala pelo Ambriz. Fundeou em Benguela e no Lobito. Em Dezembro desse ano, partiu de Luanda a cruzar na costa norte. Fundeou em Ambriz e deu fundo no Zaire. Em Fevereiro de 1850 efectou comissão a S. Tomé. Depois em Julho, navegou de Luanda para cruzeiro na costa sul. Em Janeiro de 1851, partiu com tropa para Benguela. Em Fevereiro desse ano, partiu de Luanda e foi fundear em Dande pouco depois; passou no Ambriz e Ambrizete e entrou em S. Tomé, conduzia o Governador de S. Tomé e Príncipe. Em Maio de 1851 navegou de Luanda para o sul; passou por Benguela, Egito, Lobito, Quicombo e Benguela. Em Fevereiro de 1852 zarpou para S. Tomé, para desempenhar comissão a Ajudá. Em Setembro desse ano regressou à metrópole, com escala por S. Tomé. Em Novembro de 1855, passou ao registo do porto. Terminou o serviço de registo em Outubro de 1856. À volta de 1856, foi desarmada e considerada inútil.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Notas de publicação

Referência bibliográficaDicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.