CORVETA "LEALDADE"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /069
Tipo de título
Atribuído
Título
CORVETA "LEALDADE"
Datas de produção
1829
a
1831
Dimensão e suporte
2 livros; papel.
Produtor
Corveta "Lealdade"
História administrativa/biográfica/familiar
Foi construída no Arsenal da Marinha de Lisboa e lançada à água em Maio de 1820. Foi, a princípio, classificada como fragatinha e denominada "S. João, Lealdade". Era corveta de 24 peças, com 11 portas por banda. A sua guarnição, em 1824, era de 180 homens. Era um excelente navio e de boas particularidades, mas de péssimas qualidades para sofrer grandes tempos. Desde Junho até Setembro de 1820, largou para cruzeiro na costa por quatro vezes. Desde 1821 até 1822 desempenhou várias missões, nomeadamente, largou para a Madeira, por várias vezes, com a missão de dar comboio aos navios até à Madeira; perseguiu corsários e travou combate com insurgentes. Em 1823, navegou nas águas de Cabo Verde e cruzou na costa do Algarve. Em 1824, partiu para Vigo com carta de prego; largou para a Terceira, conduzindo o novo Governador e Capitão-general dos Açores; largou para a ilha de S. Miguel, com a missão de conduzir o Desembargador Vicente Cardoso da Costa e regressou a Lisboa em 1825. Nesse ano, largou para cruzar no Algarve, em busca de um navio insurgente, saiu para o Rio de Janeiro, levando a ratificação do reconhecimento da independência do Brasil e conduzindo passageiros ilustres, e regressou ao reino. Em 1827, partiu para a Terceira com Despachos, tendo sofrido avarias durante a travessia. Em Maio de 1828, cruzou nos Açores, pelo espaço de 60 dias; largou para o bloqueio da Terceira e cruzou contra corsários, por quatro vezes, respectivamente, cruzou entre o Cabo Espinchel e as Berlengas, cruzou ao mar da Roca, cruzou no Algarve e cruzou entre os Cabos da Roca e Espinchel. Em Janeiro de 1829, largou para o bloqueio da Terceira, incluída na esquadra do Chefe-de-divisão Francisco Inácio de Miranda Everard. O mau tempo obrigou a corveta a arribar ao Tejo em Março, sem alcançar a Terceira. Em Dezembro de 1829, tornou a largar para o bloqueio da Terceira. O mau tempo empurrou a corveta para S. Miguel e não permitiu a permanência no porto, pelo que se fez ao mar e rumou a Lisboa. Em 1829, cumpriu várias missões das quais são de salientar o ter participado no bloqueio de Terceira e ter aprisionado um brigue siciliano "Ana". Em Março de 1831, achou-se no bloqueio da Terceira. Em Julho desse ano, a corveta entre outros navios, foi tomada em Brest, pelo Almirante francês, e ali vendida para pagamento da indemnização imposta pela França a Portugal.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Condições de reprodução
Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaDicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.