CORVETA "PRINCESA REAL"

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CORVETA "PRINCESA REAL"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /072

Tipo de título

Atribuído

Título

CORVETA "PRINCESA REAL"

Datas de produção

1821  a  1832 

Dimensão e suporte

6 livros; papel.

Produtor

Corveta "Princesa Real".

História administrativa/biográfica/familiar

Foi construída por Manuel Luís dos Santos, comprada em Pernambuco e oferecida ao Estado em 1818. Também aparece designada como corveta ou galera "Activa" e, em 1834, passou a denominar-se "Cacela". A sua lotação em 1820, era de 160 homens. Em Julho de 1818, zarpou de Pernambuco para a Baía. Em Julho de 1821, largou de Pernambuco para Lisboa, conduzindo entre outros passageiros os deputados daquela província e o embaixador da Sardenha. Em Novembro desse ano, largou com o comboio da Baía, levando embarcado o Governador das Armas da província da Baía. Em Novembro de 1822, partiram para cruzeiro nas águas da Baía duas corvetas entre as quais a corveta "Princesa Real". Em Abril de 1823, cruzou nas águas da Baía incluída nas forças do Almirante Pereira de Campos e encontrou-se com as forças navais brasileiras do Almirante Cochrane, com as quais travou ligeira escaramuça em Maio. A força portuguesa recolheu vitoriosa à Baía em Junho. Em Julho de 1823, largou da Baía para Lisboa, dando comboio aos transportes que conduziam as forças do Brigadeiro Madeira. Em Junho de 1824, armada em charrua, largou para Angola. Em Junho de 1826, largou a cruzar no Algarve durante 30 dias contra os corsários americanos. Em Agosto desse ano, partiu para os Açores, para cumprir as ordens do Capitão-general dos Açores. Em 1827, saiu para Cabo Verde com a missão de evitar o tráfico de escravos. Em Junho de 1828, largou para o bloqueio do Porto. Em Julho desse ano, largou do Porto para Lisboa, dando comboio a cinco iates com 600 militares. Em Agosto de 1828, largou para a Madeira, incluída na esquadra do Vice-almirante Henrique da Fonseca de Sousa Prego, com a missão de reduzir a ilha à obediência de D. Miguel. Em Abril de 1829, largou para os Açores, transportando artilharia e munições como navio-chefe duma fracção da esquadra de Rosa Coelho. Em Junho desse ano, largou para Ponta Delgada para tomar parte no ataque à Terceira, integrada na esquadra do Almirante Rosa Coelho. Em Outubro de 1829, largou a render a corveta "Cibele" na Madeira. Em Março de 1832, largou para a Madeira com tropa. Em Agosto desse ano, largou de Lisboa para o Norte, incluída na esquadra do Chefe-de-esquadra Pereira de Campos, transportando munições. Em 1 de Julho de 1833, partiu de Lisboa integrada na esquadra miguelista do Chefe-de-esquadra António Correia Manuel Torres de Aboim. Em 5 de Julho de 1833 encontravam-se as duas esquadras, perto do cabo de S. Vicente, numa batalha naval. Após a batalha naval, a corveta foi incorporada na esquadra liberal. Em Outubro de 1833, passou mostra de desarmamento. Em 1834, foi vendida a Filipe Nery por um conto de réis.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: Livro de Registo de Ordens, onde consta o registo das ordens gerais e particulares recebidas; Livro de Registo de Partes - Mapas do Estado Actual da Guarnição, onde constam os mapas do estado actual da guarnição que identifica o navio, o comandante, as classes de oficiais e o número de elementos por classe, o Corpo de Marinheiros e a respectiva situação: prontos, destacados, licenciados, ausentes, doentes e presos; Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Notas de publicação

Referência bibliográficaDicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.