BERGANTIM "VIGANÇA"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /022
Tipo de título
Atribuído
Título
BERGANTIM "VIGANÇA"
Datas de produção
1807
a
1810
Dimensão e suporte
2 u.i. (2 livros); papel.
Produtor
Bergantim "Vingança".
História administrativa/biográfica/familiar
O cúter foi comprado em Lisboa em 1800. Em 13 de Outubro, armou a bergantim com 18 peças. Era navio de boas acomodações. A lotação, em 1800, era de 97 homens.Desde 1800 até 1801, deu comboio a vários navios, dos quais, da América para o Porto, um comboio do gado em Tânger para Vila Real de Santo António, também perseguiu um corsário francês e efectuou uma comissão a Lagos. Em 13 de Outubro de 1804, passou a armar a bergantim. Em Janeiro de 1805, saiu para Tânger acompanhado pela nau "Vasco da Gama" e fragata "Princesa do Brasil". Em Junho de 1805, achou-se incluído na esquadra do Estreito para onde seguiu. Em Fevereiro de 1806, efectuou uma comissão às Ilhas. Em Junho de 1806, achou-se na esquadra do Estreito e em Agosto capturou uma polaca tripolina de 12 peças a que deu o nome de "Vigança". Em Abril de 1807, navegou para o Estreito. Em Novembro de 1807, largou para o Brasil incluído na esquadra que transportou a Família Real. Em Maio de 1808, encontrava-se estacionado no Rio de Janeiro. Em 1810 navegou para o Estreito e incluiu a força naval chefiada pela fragatinha "Benjamim" que foi mandada a Peniche buscar doentes. Em 1814 foi desmanchada no Rio de Janeiro.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o: Diário Náutico, onde consta o registo de tudo quanto interessa à navegação, como - rumos, caminhos percorridos, terras ou faróis avistados ou à vista, estado do tempo, temperaturas, pressões barométricas e todas as ocorrências passadas, tanto a bordo como no mar, à vista do navio, elaborado pelo oficial de quarto; Livro de Registo de Ordens, onde consta o registo das ordens recebidas a bordo do navio.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar; Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.