BRIGUE "D. PEDRO"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /025
Tipo de título
Atribuído
Título
BRIGUE "D. PEDRO"
Datas de produção
1834
a
1843
Dimensão e suporte
14 u.i. (13 livros, 1 caderno); papel.
Produtor
Brigue "D. Pedro".
História administrativa/biográfica/familiar
Foi construído no Arsenal da Marinha de Lisboa e lançado à água em princípios de 1830. Em 30 de Maio de 1830, largou para o bloqueio da ilha Terceira. Em 11 de Junho de 1831, foi apresado no Tejo pela Esquadra Francesa do Almirante Roussin e levado para Brest com outros navios de guerra portugueses, sendo resgatado em 1834. Em Novembro desse ano, zarpou para Inglaterra e conduziu o Barão de Sá da Bandeira. Depois, em Fevereiro, o navio entrou no Tejo, integrado na escolta ao Príncipe D. Augusto, marido de D. Maria II. Em Maio de 1835, saiu para os Açores a fim de evitar o desembarque de partidários de D. Miguel. Mais tarde, partiu para o Maranhão a fim de prestar protecção aos nacionais portugueses. Em Julho de 1836, navegou para o norte do cabo da Roca a esperar o vapor Peninsular que conduzia ao porto o Príncipe D. Fernando. Em Julho desse ano, saiu para Vigo a fim de proteger os interesses portugueses, em virtude da guerra civil espanhola. Em Novembro de 1837, zarpou para Brest com guarnições para navios portugueses resgatados. Em Julho de 1838, levantou ferro para Angola. Desde 1840 até 1842, efectuou vários cruzeiros no Algarve a fim de reprimir o contrabando e largou para a Madeira com correspondência. Em 1843, navegou para Bissau e conduziu fundos públicos para o Algarve. Passou a servir de barca de banhos sulfurosos, encalhado próximo do Arsenal da Marinha. Foi desmanchado em 1857.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente: caderno onde estão registados os doentes recebidos na enfermaria, moléstias, remédios e prescrições; Diário Náutico, livro onde o Oficial de Quarto regista tudo quanto interessa à navegação, como - rumos, caminhos percorridos, terras ou faróis avistados ou à vista, estado do tempo, temperaturas, pressões barométricas e todas as ocorrências passadas, tanto a bordo como no mar, à vista do navio; livro onde estão registadas as Ordens recebidas a bordo do navio e o Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Organização cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Condições de reprodução
Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Unidades de descrição relacionadas
Documentação avulsa do brigue "D. Pedro" 1830-1834.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar (V Parte), Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.