BERGANTIM "TREZE DE MAIO"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /021
Tipo de título
Atribuído
Título
BERGANTIM "TREZE DE MAIO"
Datas de produção
1831
a
1832
Dimensão e suporte
1 u.i. (1 livro); papel.
Produtor
Bergantim "Treze de Maio".
História administrativa/biográfica/familiar
O bergantim "Treze de Maio" foi comprado no Brasil em 1818 para a Campanha do rio de Prata. Armou com 20 peças. Desde 1819 até 1823 serviu como correio marítimo e no transporte de passageiros do Brasil para Lisboa. Em 1826, largou, três vezes, como correio marítimo para as ilhas. Em 1828 navegou nas águas das ilhas. O bergantim uniu-se à esquadra e entrou no desembarque da ilha Terceira a 11 de Agosto de 1829, na Praia. Bateu com a sua artilharia a planície sobre a ponta da Malmerenda. Disparou 106 tiros e recolheu a Ponta Delgada, a 18, com parte da esquadra. Regressou ao Tejo em 7 de Setembro desse ano, com vários rombos no costado. Em Outubro de 1829, largou para Tânger, tendo sofrido avarias em consequência do mau tempo que o obrigaram a regressar a Lisboa. Em Fevereiro (possívelmente) de 1830, largou para o Rio de Janeiro. Regressou a Lisboa em 23 de Junho desse ano. Em Novembro de 1831, largou a cruzar na costa entre os paralelos de Peniche e do Cabo Espichel, no intuito de colher informações sobre o movimento das forças navais liberais. Em Fevereiro de 1832, teve a missão de conduzir a escuna "Real", construida no Porto, tendo esta naufragado. Em Março de 1832, transportou tropa para a Madeira e defendeu Setúbal. Desde Janeiro a Agosto de 1833, efectuou várias comissões a Cascais, Peniche, Figueira da Foz e defesa do porto de Vila Franca de Xira.O navio foi abatido em 25 de Dezembro de 1833. Pela Portaria de 12 de Dezembro foi mandado entregar à Alfândega de Setúbal para ser vendido. O navio foi vendido, em 1834, por 400 mil réis.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o Diário Náutico, livro onde consta o registo de tudo quanto interessa à navegação, como - rumos, caminhos percorridos, terras ou faróis avistados ou à vista, estado do tempo, temperaturas, pressões barométricas e todas as ocorrências passadas, tanto a bordo como no mar, à vista do navio, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar; Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.