BERGANTIM "VINTE E DOIS DE FEVEREIRO"
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Secção
Código de referência
PT/BCM-AH/NA /023
Tipo de título
Atribuído
Título
BERGANTIM "VINTE E DOIS DE FEVEREIRO"
Datas de produção
1830
a
1830
Dimensão e suporte
1 u.i. (1 livro); papel.
Produtor
Bergantim "Vinte e Dois de Fevereiro".
História administrativa/biográfica/familiar
O bergantim "Vinte e Dois de Fevereiro" foi confiscado pelo Estado, em Vila do Conde, com o brigue-escuna "Memória" em 1828. Armou com 8 peças e tomou o nome de "Vinte e Dois de Fevereiro". Em 24 de Julho de 1833 passou a chamar-se "Vinte e Três de Julho".Em 30 de Abril de 1829, saiu do Porto e chegou a Lisboa no primeiro de Maio. Em 1830, achou-se no bloqueio da Terceira com a fragata "Diana"; capturou a escuna inglesa "Mary Ann" que transportava géneros para os liberais; capturou a escuna inglesa "Nina" de Dartmouth perto do ilhéu das Cabras; capturou um brigue espanhol que levou para S. Miguel; e apresou um brigue inglês que levou para S. Miguel. Em 1831, partiu para a Madeira e regressou a Lisboa no ano seguinte, mais tarde, ainda nesse ano, navegou nas águas do Porto. Em 1832, largou para a Madeira com ofícios urgentes e conduziu 35 praças, saiu com a esquadra miguelista do Almirante Pereira de Campos, e D. Miguel visitou o navio. Em 29 de Julho de 1833, os liberais mudaram-lhe o nome para "23 de Julho" em memória da vitória do Duque da Terceira sobre Teles Jordão, nesse dia, encontrava-se em Vila Franca de Xira com outros navios para impedir a passagem miguelista para o sul do Tejo. Em 1833, comandado por João Maria Ferreira do Amaral largou para o bloqueio da Figueira da Foz e Buarcos, levando o bergantim "Providência"; e cruzou sobre a barra de Aveiro. Regressou a Lisboa a 29 de Janeiro de 1834. A vistoria passada em 23 de Agosto de 1834, que deu o navio como incapaz, informou que o mesmo devia ser imediatamente desmanchado. Em 3 de Janeiro de 1835, encontrava-se no Tejo com uma guarnição de três homens.
História custodial e arquivística
Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Transferência.
Âmbito e conteúdo
Inclui o registo de tudo quanto interessa à navegação, como - rumos, caminhos percorridos, terras ou faróis avistados ou à vista, estado do tempo, temperaturas, pressões barométricas e todas as ocorrências passadas, tanto a bordo como no mar, à vista do navio, elaborado pelo oficial de quarto.
Ingressos adicionais
Fundo fechado.
Sistema de organização
Ordenação cronológica, por séries.
Condições de acesso
Acessível.
Idioma e escrita
Português.
Instrumentos de pesquisa
Índices.
Notas de publicação
Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar; Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.