BRIGUE "CORIMBA"

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BRIGUE "CORIMBA"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /024

Tipo de título

Atribuído

Título

BRIGUE "CORIMBA"

Datas de produção

1849  a  1854 

Dimensão e suporte

5 u.i. (4 livros, 1 caderno); papel.

Extensões

4 Livros
1 Outro

Produtor

Brigue "Corimba".

História administrativa/biográfica/familiar

A polaca brasileira "Dois Amigos" foi expedida da Baía em 16 de Fevereiro de 1848, preparada para tráfico de escravos e armada de 2 peças e de armas de mão. Na manhã de 6 de Abril descobriu-se da fortaleza de S. Miguel encalhado na entrada de Corimba; partiram logo embarcações da Estação Naval para tentar safar o navio. Considerado boa presa, aparelhou a brigue, montou 6 peças, quatro pequenas caronadas de ferro e duas peças de bronze de 12 e foi-lhe atribuída uma guarnição de 70 homens.Em Abril de 1849, largou para cruzeiro na costa. Em 1850, largou para S.Tomé e Príncipe e sul. Em Janeiro de 1851, entrou em fabricos em Luanda, os quais terminaram em Setembro. Desde 1851 até 1853, largou para cruzeiro no sul, por várias vezes. Em 28 de Fevereiro de 1853, o Comandante exigiu o reembarque de uma força de marinhagem lançada sem autorização no Ambriz pelos navios ingleses de cruzeiro: brigue "Harlequim", brigue-escuna "Spy" e transporte "Atoll"; nesta ocasião deu-se aquele episódio conhecido do tiro ao alvo, contado por Almeida d'Eça, em que navios ingleses, em águas portuguesas, realizaram exercício de tiro contra alvo com as cores da bandeira de Portugal. O Comandante Baptista de Andrade , intimou os britânicos a fazer cessar a farsa, obedeceram, apesar da desproporção das forças em presença. Em Abril desse ano, navegou para o norte a fim de verificar o estado das feitorias portuguesas da Ponta Banana. Para dar força moral às feitorias o brigue entrou o rio Banana, proeza que os nativos reputavam de impossível. Ainda nesse ano, saiu para um cruzeiro sobre Ambriz e na costa. Em Janeiro de 1854, navegou para o sul com passageiros.A vistoria de 9 de Março de 1854, deu o navio por incapaz de navegar. Em 22 de Março foi abatido ao efectivo dos navios da Armada. O casco foi entregue ao Capitão do porto de Luanda para servir de pontão no Quadro da Alfândega.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o registo de tudo quanto interessa à navegação, como - rumos, caminhos percorridos, terras ou faróis avistados ou à vista, estado do tempo, temperaturas, pressões barométricas e todas as ocorrências passadas, tanto a bordo como no mar, à vista do navio, elaborado pelo oficial de quarto.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Notas de publicação

Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar (V Parte), Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.