BERGANTIM "PROVIDÊNCIA"

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BERGANTIM "PROVIDÊNCIA"

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Secção   Secção

Código de referência

PT/BCM-AH/NA /017

Tipo de título

Atribuído

Título

BERGANTIM "PROVIDÊNCIA"

Datas de produção

1823  a  1833 

Dimensão e suporte

8 u.i. (8 livros); papel.

Extensões

8 Livros

Produtor

Bergantim "Providência".

História administrativa/biográfica/familiar

Foi construído no Arsenal da Marinha e lançado no mar de 10 a 13 de Abril de 1819. Meteu 60 toneladas de lastro de ferro e era navio de 22 peças. A sua lotação era de 152 homens.Em Julho de 1819, achou-se integrado na força naval do Capitão-de-fragata João Victor Jorge, que deu comboio a navios mercantes do Porto para Lisboa. Em Agosto, saíu incluído no comboio de 50 navios para o Brasil, sob escolta da esquadra do Capitão-de-mar-e-guerra José Joaquim Alves. Em Junho de 1820 deu comboio a 6 navios. Em Setembro, chegou ao Rio de Janeiro com a notícia da revolução liberal do Porto e da convocação das Cortes por ela ordenada. No regressou ao reino levou a aprovação real para a convocação das Cortes. Em Abril de 1821 zarpou para os Açores a fim de proclamar ali a constituição de 1820. Em Julho desse ano largou para o Brasil com a notícia da chegada de D. João VI a Portugal. Em 1823 largou para Cádis e integrou a esquadra do Capitão-de-mar-e-guerra Manuel de Vasconcelos Pereira de Melo, com a missão de procurar uma fragata brasileira que cometeu hostilidades contra a navegação portuguesa. No ano seguinte, largou para cruzar entre os cabos da Roca e de S. Vicente, para procurar um corsário e partiu para a Madeira incluído na força naval do Capitão-de-mar-e-guerra José Maria Vieira. Mais tarde, largou para cruzar no Algarve, duas vezes, sendo uma em reforço da esquadrilha, que ali operou sob as ordens do Primeiro-tenente Scarnichia. Em 1825, conduziu presos para Gibraltar. No ano seguinte zarpou para o Rio de Janeiro com correspondência e largou para o mar com Carta de Prego com rumo para o Porto. Em 1827 navegou nas águas da Madeira e Açores. Em 1828 tocou os portos de Figueira da Foz, Porto e Tavira. Em 1829 navegou nas águas da Terceira e integrou a expedição dos Açores, na esquadra do Capitão-tenente José Joaquim Pereira, e ainda se achou no bloqueio da ilha Terceira. Em 24 de Janeiro de 1830 achou-se no bloqueio da Terceira. Em 1832 vigiou os movimentos dos navios de guerra ingleses nas águas de Cascais e esteve incluído na esquadra miguelista do comando do Almirante João Félix Pereira de Campos. Em Agosto do ano seguinte largou para o Porto de conserva com o bergantim "23 de Julho" e entrou de S. Lucas de Barrameda. Em 2 de Setembro de 1834 encalhou junto a Alhandra. Foi vendido, em 9 de Setembro, a Filipe Nery por 550 mil réis.

História custodial e arquivística

Apesar da Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar ter sido criada pelo Alvará de 28 de Julho de 1736, as origens do Arquivo remontam apenas ao ano de 1843, quando o Decreto de 15 de Fevereiro reorganiza a referida Secretaria de Estado, estabelecendo no seu art.º 11º, um arquivo a cargo de oficial ou amanuense. Porém, as reformas frequentes que, a partir do constitucionalismo remodelaram o Ministério, a incorporação de fundos na Biblioteca Nacional (1897), a desanexação do Ministério das Colónias levou a que a documentação de alguns dos fundos da Marinha tivesse ficado dispersa em diferentes organismos, nomeadamente no Arquivo Histórico Ultramarino (originalmente chamado Arquivo Histórico Colonial), e só na década de sessenta do século XX (após a criação do Arquivo Geral da Marinha), se conseguiu que parte dela voltasse à Marinha, onde foi incorporada no seu Arquivo Histórico.O Decreto-lei n.º 42840, de 10 de Fevereiro de 1960, o Arquivo Geral da Marinha, que substituiu o antigo Arquivo da Marinha. Pelo artigo 3º do referido Decreto-lei, o Arquivo Geral da Marinha é constituído por um Arquivo Central, um Arquivo Histórico, uma Biblioteca e uma secretaria, dispondo de um conselho administrativo. O Decreto-Lei n.º 49/93, de 26/02, aprova a nova Lei Orgânica da Marinha (LOMAR) e altera a estrutura existente. O Decreto Regulamentar nº 35/94, de 01/09 define as competências e Organização dos Órgãos da Marinha de Natureza Cultural, passa o Arquivo Central da Marinha para a dependência orgânica da Biblioteca Central da Marinha, incluindo um Arquivo Central e um Arquivo Histórico) e a Declaração de Retificação nº 213/94, de 30/11 (Marinha) retifica o Dec. Reg. Nº 35/94, extinguindo o Arquivo Geral da Marinha.Por sua vez, A Lei Orgânica da Marinha publicada em 2009 (Decreto-lei 233/2009, de 14 de Setembro) coloca o Arquivo Central na dependência da Superintendência dos Serviços de Tecnologias da Informação, com a denominação de Centro de Documentação, Informação e Arquivo Central da Marinha, continuando o Arquivo Histórico na dependência da Biblioteca Central da Marinha.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Transferência.

Âmbito e conteúdo

Constituido por documentação produzida pelo navio no cumprimento das suas missões, nomeadamente o Livro de Registo de Quartos, onde consta o registo de quaisquer elementos que interessem à navegação que vai decorrendo, tais como - rumos, milhas andadas por hora, condições de tempo, faróis, navios ou terra à vista, etc.

Ingressos adicionais

Fundo fechado.

Sistema de organização

Ordenação cronológica, por séries.

Condições de acesso

Acessível.

Condições de reprodução

Constantes no Regulamento Interno que prevê algumas restrições tendo em conta o tipo de documentos, o seu estado de conservação ou o fim a que se destina a reprodução.

Idioma e escrita

Português.

Instrumentos de pesquisa

Índices.

Notas de publicação

Referência bibliográficaTrês Séculos no Mar, Dicionário da Linguagem de Marinha Antiga e Actual.